quinta-feira, 9 de julho de 2009


No dia 8 de Julho de 1840, nascia - provavelmente no lugar do Guindaste, na ilha do Pico - Manuel José de Arriaga Brum da Silveira e Peyrelongue, registado na ilha do Faial, onde a família residia.

O pai de Manuel José era o último morgado do Faial e a família tinha uma grande ligação à coroa. Um familiar seu tinha sido afilhado de Marquês de Pombal. O pai de Manuel José era um monárquico ferrenho, e um monárquico legitimista.

Manuel José abandonou todas as crenças sociais do meio familiar em que nascera e tornou-se republicano.

Por causa disso, o pai deserdou-o - e a um irmão mais novo, José de Arriaga, futuro historiador.

Manuel José deu aulas de inglês para ficanciar o curso de Leis em Coimbra e para sustentar o irmão José, que entretanto o acompanhara para Coimbra.

Desde os tempos de Coimbra até à chegada de Manuel de Arriaga à primeira Presidência da República Portuguesa decorre uma vida longa, sempre dedicada a causas nobres e com um sincero amor pelo povo e pelos desvalidos.

Ao ler esta notícia, perguntamo-nos:
O que diria Manuel de Arriaga de toda esta insanidade política?

O Bem, o Belo e o Justo eram três referências de Manuel de Arriaga. Referências para a vida e para a política.

Ora, quanto a esta loucura da eventual criação de um campo de treino militar nos Açores, temos a certeza de que Manuel de Arriaga diria que seria quase criminoso autorizar tal projecto, pois que é um projecto que não traz o Bem, não traz o Belo, nem traz o Justo.

Não faria mal nenhum aos políticos que se encontram nos governos da República e dos Açores ler as intervenções políticas e sociais do nosso grande Arriaga.

Esses governantes deviam pensar bem e não tomar por agora nenhuma decisão política quanto ao projecto de campo militar.

Há eleições daqui a menos de três meses.
Deixem esse dossiê para o governo que vier a ser formado depois das eleições.

Sem comentários: